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terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Brilho



Apesar de já ter passado a fasquia dos 40, ainda hoje estou convencida, (não da existência do Pai Natal), mas que toda a gente presta até prova em contrário!
E o que é facto é que tenho obtido excelentes resultados ultimamente…

Mas também os tenho tido maus! Penso que, a idade aliada à experiência dá-nos uma capacidade extra de sermos portadores de uma espécie de detector de malandros (a) como diz a escritora.”Once a malandro, always a malandro”. Como também penso que não está na nossa mão mudar a natureza das pessoas, o verdadeiro desafio consiste em descobri-la…
E daí resulta um de dois caminhos, ou são radiantes mesmo, ou possuem um género de verniz qualquer…por isso tenho o péssimo habito de lhes chamar os envernizados!

Os envernizados possuem uma particularidade muito engraçada, uma vez o verniz estalado, nunca mais volta a brilhar! Esse é o verdadeiro efeito nefasto que este tipo de pessoas produz numa personalidade lixada como a minha!

Estou absolutamente convicta, que quem tem brilho verdadeiro não precisa nunca de verniz nenhum! Está-se-lhes no sangue, provavelmente é uma espécie de áurea…E são poucas as pessoas que hoje em dia o possuem…

Felizmente conheço algumas! Formamos uma espécie de irmandade sem anel, mas que se compreende e se reflecte em cada um de nós…e aí tenho uma coisa a dizer, é que, essas pessoas brilham para mim sem que eu lhes peça…Sem darem sequer por isso! Porque o fazem desprovidos de nada, a não ser da profunda amizade que nos une… (Ao escrever isto lembro-me do Dartacão e como a minha filha gosta de dizer: Um por todos e todos por Um!)

Por isso, somos cúmplices hoje, amanhã e depois…e até debaixo de água!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Por "falar" em Almas...

Gosto muito de Poesia!

Se calhar não pareço gostar, mas gosto!

E como a Florbela é talvez a expressão dos poemas de qualquer mulher, vou aproveitar o meu próprio estado de graça... e transcrever aqui um poema desta mulher que pessoalmente GOSTO e muito!


Toda esta noite o rouxinol chorou,Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente D’alguém que quis amar e nunca amou!
Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!…

Evento na Pontinha







segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sopa em CANEÇAS




Caneças
Além de ser a freguesia saloia por excelência do Concelho de Odivelas, representa igualmente um ex-líbrís histórico da àrea metropolitana de Lisboa. Constatei que, efectivamente a festa da Sopa fez jus a essa designação!
Deve ser um exemplo a seguir por todas as outras freguesias do Concelho, desta vez o tema girou à volta da SOPA! Noutro sitío pode ser sobre outra temática semelhante ou não...È só pôr a imaginação a trabalhar...
E como sobre isso ainda não se paga imposto...Penso que é de aproveitar. No meu caso pessoal é um bom exercício contra aquele alemão que de vez em quando faz com que nos esqueçamos das coisas... (Agora não me recordo do nome dele....Ah! Pois é o Alzeimer!) Que era alemão sabia eu! Tenho mesmo que pôr os neurónios a funcionar...senão...
Vou fazer como muitos fazem e parece que está agora na moda:Pensar!! Vou mesmo Pensar sobre isto...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

The Garden Maker Strikes Again


Não sei se já aqui referi, mas sempre apreciei bastante os filmes de Alfred Hitchcock, não só por serem maioritariamente filmes de suspense, mas essencialmente pela astúcia e imaginação implícita nas obras deste realizador.

Gostaria imenso de continuar a assistir a novos filmes dele, mas como isso já não é possível vou assistindo a outro tipo de filmes que em nada se assemelham a obras cinematográficas de Hitchcock. Aqui a analogia reside no facto de estarmos em presença de obras, neste caso mais ligadas à construção civil e de referir igualmente a forma ardilosa como se contornam as situações mal sucedidas… Daí o título em questão, e em inglês de modo a conferir um certo teor de produção Hollywoodesca…

Senão vejamos, um dos filmes recentemente produzido tem como protagonista um fazedor de jardins, ou melhor re-construtor, que de repente se intitula o salvador dos jardins da Odivelix! Fantástico! Vou-lhe chamar Bob! Como Bob o Construtor! Neste caso é Re….

O Bob diz no filme que a culpa é dos vândalos que não querem os jardins verdejantes e também dos donos dos animaizinhos que dejectam nesses jardins, ficando os cócos por apanhar…
Parece impossível, com o dinheirão que o executivo tem gasto em sacos!!! Então isto admite-se? O raio dos sacos para a trampa dos animais custam mais que o metro quadrado de semente de relva para re-plantar o malfadado jardim!
Com o dinheiro dos sacos fazia-se outro jardim só de relva!!! O pior eram os pombos…Aí o Bob ainda não pensou, mas se puser a cabeça a funcionar vai-lhe surgir um evento tipo carrinhos de rolamentos, ideia de outra pessoa mais isso não interessa nada… por exemplo, e em vez de tiro aos pratos seria tiro ao pombo e assim estes já não devastavam as sementinhas de relva…

Diz também o Bob: “Quem é que disse que não há árvores!” Havia, agora já não há…Foram cortadas, como aquela grande à beira da estrada Odivelas - Caneças na Amoreira! Também foram vândalos! Aí de certeza absoluta, e com a agravante de serem mandatados pelas pessoas…
Vai-se fazer outro jardim em cima daquele, mas agora não vai custar quase nada…o que custou já a chuva levou! Pois é tenham paciência!

Espero que não tenham gostado deste filme… que infelizmente não é ficção! Também não tem suspense nenhum é mais do tipo trágico-cómico… Eu como Cidadã e como Odivelense tenho pena que hajam pessoas assim à frente dos destinos da Odivelix! Provavelmente este pessoal anda muito ocupado com a crise e como sobreviver ao fim do mês! Quanto mais para avaliar quem faz bons ou maus filmes…..

domingo, 5 de setembro de 2010

O MAU ESTADO SOCIAL



Seria este o título que escolheria se tivesse que atribuir um título a este artigo.







Cinco milhões de portugueses vivem do dinheiro do Estado.Impostos e descontos para Segurança Social só chegam para pagar salários e prestações sociais.

ALEXANDRA FIGUEIRA (Hoje 05.08.2010) JORNAL DE NOTÌCIAS



"É metade da população: cinco milhões vivem do Estado. Na maioria, porque trabalharam a vida toda e se reformaram, ou estão na Função Pública; outros porque têm subsídios. Mas depois de pagos salários e prestações sociais, pouco sobra para o Estado investir.
Num país como Portugal, com um "Estado social", nem Miguel Beleza nem Eduardo Catroga ficam surpreendidos com facto de mais de cinco milhões de pessoas - quase metade da população - viverem do orçamento público. Na esmagadora maioria, são pessoas que beneficiam dos descontos feitos ou que recebem um salário, por serem funcionários públicos. Mas os dois antigos ministros das Finanças olham para o buraco das contas públicas e o fraco crescimento da economia e asseguram que o caminho é insustentável.
Agora que se escreve o Orçamento de Estado para 2011, que números estão na secretária do ministro Teixeira dos Santos? A começar, os cerca 3,5 milhões de reformados, sobretudo da iniciativa privada, mas também do Estado. São cada vez mais, vivem cada vez mais tempo e são suportados por cada vez menos trabalhadores (agora há menos de cinco milhões de pessoas empregadas).
Em segundo lugar surgem os funcionários públicos, que se estima rondarem os 675 mil e para os quais os sindicatos reivindicam um aumento entre 2% e 3,5%, para compensar a inflação.
Seguem-se as 390 mil pessoas que, em Julho, tinham Rendimento Social de Inserção, um subsídio social, dado mesmo sem descontos para a Segurança Social.
Pelo contrário, só quem fez descontos é que recebe fundo de desemprego e, em Julho, eram 352 mil as pessoas nestas circunstâncias (cerca de metade dos desempregados). Havia, ainda, 105 mil a receber subsídio de doença.
Cinco milhões a tirar o sustento do Orçamento de Estado é viver "à custa" de quem paga impostos? Não e sim. Na maioria, as pessoas trabalham ou fizeram os descontos necessários para agora receber uma pensão ou subsídio.
Mas, justas ou não, as despesas têm um peso avassalador no Orçamento e contribuem para que, todos os anos, o Estado gaste mais do que ganha e se endivide, atirando para as gerações futuras a responsabilidade de pagar a conta. Tal como com as parcerias público-privadas e as empresas públicas, cujos compromissos têm que ser saldados pelos portugueses.
Economia a crescer é solução
Eduardo Catroga traça o panorama: "Salários e prestações sociais são iguais às receitas fiscais e da Segurança Social". Ou seja, a grande fonte de receitas públicas esgota-se nas duas despesas. E fica a faltar tudo o resto: equipamentos sociais, infra-estruturas, saúde, educação, transferências para municípios e regiões autónomas... e os juros da dívida que o Estado acumulou. "Aumentámos a despesa de forma desmesurada", garante Catroga.
Neste panorama, como reduzir o défice? "A margem de manobra é pouca" em Portugal, e a Europa tem mesmo discutido "a capacidade da economia em manter o modelo social", disse Miguel Beleza. Portugal só teria dinheiro para pagar o modelo do "Estado social" se a economia crescer 2% ou 3%, acrescentou Catroga. Ambos apontam o crescimento económico como a melhor forma de controlar as contas públicas, mas as perspectivas de que tal aconteça não são animadoras. Não há "uma saída fácil", reconhece Beleza, admitindo, a par de Catroga, um corte nos salários da Função Pública. Essa hipótese tem sido descartada pelo Governo. "

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mamões e manhosos

Porque penso que, cada vez mais, é preciso acordar consciências e que estas possam sair do estado latente de apatia e indiferença, sobre o que se passa bem nas nossas "barbas", passo a transcrever um artigo do Francisco Moita Flores sobre o estado das coisas...

Moita Flores

"A novela Carlos Queiroz é uma excelente imagem do País que somos. Aquele País que se enverniza com lantejoulas brilhantes mas que é cavernícola, mesquinho, capaz de devorar uma tribo de antropófagos.
Depois de uma triste campanha no Mundial da África do Sul, que revelou um seleccionador medroso, incapaz de aproveitar os talentos de que dispunha para fazer Portugal ir mais longe, chegou a hora dos ajustes de contas.
O trabalho do seleccionador da mama, jogo calculista, à defesa, foi aquilo que se viu. Quando foi a sério, a táctica da mama foi feita em pedaços e a selecção regressou com o rabo entre as pernas.
A mama, a matriz do patético guião táctico, falhou, e, como sempre, ganhou o Mundial quem mais arriscou, quem foi mais audaz, quem se atirou à luta com a generosidade dos heróis.
Soube-se, depois, que Carlos Queiroz deixou atrás de si um rasto de sinais agressivos que foram de cenas de pancadaria a insultos a eito.
Fico-me por aqui no que respeita ao seleccionador porque, de repente, surgiu outra fauna.
Os dirigentes desportivos, que, em vez de dizerem ao homem: Vamos fazer contas que o senhor não serve!, Não tiveram a coragem de ser porta-vozes do que o País inteiro pensava.
Assumiram-se manhosos e calculistas e decidiram queimar o seleccionador em lume brando com processos disciplinares sucessivos, ou seja, com moções de censura em cadeia.
Qualquer governo cairia à primeira. Aqui não cai ninguém.
Nem quem joga à mama nem quem gere o futebol com manha. E aí estamos outra vez perplexos. Às portas do Europeu.
Enquanto se lixam jogadores de elite e adeptos entusiasmados, pois percebem que a esperança de vitória mora longe, mamões e manhosos vão-se governando à custa da imundície que eles próprios criaram.
Porém, a tragédia maior nem é esta.
Bem pior é sabermos que o aparelho de estado está cheio disto.
Mamões e manhosos preocupados com os seus umbigos e podrezinhos pessoais e nas tintas para os destinos do país.
O caso da Federação de Futebol é apenas um visível exemplo da grave crise de valores morais que atravessa o país. Bem mais grave do que a crise financeira."